Oposição pede investigação sobre suspeita de corrupção e favorecimento em contrato de R$ 1 milhão da PM do Paraná
Deputados exigem explicações do Governo Ratinho Jr. por contrato da Secretaria de Segurança Pública com mercado ligado a capitão da Polícia Militar

A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) apresentou nesta quarta-feira (9) um requerimento pedindo esclarecimentos do Governo Ratinho Jr. sobre um contrato de R$ 1 milhão da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) para fornecimento de alimentos ao 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Cornélio Procópio.
A denúncia ganhou repercussão após ser levada à tribuna, na sessão plenária de terça-feira (8), pelo deputado estadual Renato Freitas (PT), que apontou indícios de favorecimento e irregularidades. Segundo o parlamentar, a empresa contratada pertence à esposa de um capitão da Polícia Militar (PM) lotado na mesma unidade beneficiada. A solicitação formal apresentada pelos deputados também requer que os resultados da sindicância interna sejam comunicados oficialmente à Casa.
Empresa contratada tem vínculo com oficial da PM
De acordo com o requerimento, o contrato foi assinado inicialmente em novembro de 2024, no valor de R$ 340 mil, e teve um aditivo em fevereiro de 2025, totalizando R$ 1,02 milhão. O supermercado contratado está registrado em nome da esposa de um capitão da Polícia Militar que atua no 18º BPM, responsável por receber os gêneros alimentícios.
Denúncias envolvem comida estragada
Na mesma fala feita em Plenário, o deputado Renato Freitas também denunciou a possível entrega de alimentos estragados aos policiais.
“Hudson Teixeira [secretário de Segurança Pública] tem que explicar se o mercado da esposa do capitão da PM levou R$ 1 milhão de dinheiro público para entregar comida estragada aos policiais. Isso tem rastro de crime organizado instalado na Secretaria de Segurança Pública do Paraná”, afirmou.
As falhas apontadas reforçam a responsabilidade do Governo do Estado na supervisão e controle das contratações públicas, especialmente dentro das forças de segurança.
A Bancada de Oposição solicita uma apuração transparente, com respostas claras à sociedade e responsabilização, caso as irregularidades se confirmem.
Créditos: Assessoria