Museu Casa Alfredo Andersen abre a mostra “Conexões”, de Carla Ruschmann
Abertura será dia 10 de agosto, às 10 horas, na Sala Anna de Oliveira. Mostra, que fica em cartaz até 15 de setembro, reúne uma série de pinturas que exploram a interseção de dois círculos e o uso da geometria como expressão de conceitos vitais, buscando harmonia entre formas, cores e espaço.
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O Museu Casa Alfredo Andersen, espaço pertencente à Secretaria estadual da Cultura, inaugura em 10 de agosto a exposição "Conexões", com obras de Carla Ruschmann. A mostra, que fica em cartaz até 15 de setembro, reúne uma série de pinturas que exploram a interseção de dois círculos e o uso da geometria como expressão de conceitos vitais, buscando harmonia entre formas, cores e espaço.
A série, que surge a partir de uma pintura criada como um feng shui de proteção, apresenta também o conceito de geometria sagrada e vesica piscis. "Essa interseção representa a semente, tem a ver com a vida, com duas células que se encontram e criam uma terceira. É uma metáfora da união e da criação, tanto física quanto simbólica”, diz a artista.
Mesmo que a simetria seja um ponto de partida para as pinturas de Carla Ruschmann, em certos momentos a artista busca desvirtuá-la. “Algumas peças parecem simétricas, mas ao utilizar cores diferentes no eixo vertical, a simetria total é rompida, criando uma dinâmica visual”, completa.
Sobre o uso das cores, ela comenta: “Como parto de duas unidades que vão gerar uma terceira unidade, a semente, busco trabalhar com cores contrastantes dentro do círculo cromático, quase como opostos. Isso simboliza o feminino e masculino, ou a diferença entre duas unidades que se buscam complementar”.
A artista diz que sua trajetória na geometria começou ainda na faculdade, quanto gostava de retratar o mar. “Pouco a pouco comecei a geometrizar as formas, ao estilo de Pancetti, mas ainda mais simbólica e matemática”. Mas foi em seu doutorado, na Universidade de Granada, Espanha, que a artista se aprofundou na história da obra geométrica.
Sobre a artista
Carla Ruschmann é bacharel em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes (Embap) e doutora em Belas Artes pela Universidade de Granada, na Espanha. Atualmente, é professora da Universidade Federal do Paraná, onde leciona no curso de Licenciatura em Artes.
Sobre o Museu
O Museu Alfredo Andersen (MAA) tem sua origem na Sociedade de Amigos, criada por pessoas que conviveram com Alfredo Andersen e o admiravam. A Sociedade, instituída em 3 de novembro de 1940, tinha como principal objetivo criar na edificação onde Andersen viveu e trabalhou como artista e educador (localizada na Rua Mateus Leme, nº 336, do bairro São Francisco) uma unidade museológica para preservação de sua obra que desse continuidade aos seus ideais. A partir disso, em 1947 o deputado estadual Rivadávia Vargas formalizou uma proposta ao Poder Público para dar início a um processo de desapropriação do imóvel para ser utilizado para a preservação da memória de Andersen. Essa proposição foi concretizada em 1959, com a abertura da Casa de Alfredo Andersen – Escola e Museu de Arte. Em 1979, a instituição passou a ser denominada Museu Alfredo Andersen.
O edifício onde hoje é a sede do MAA remonta ao final do século XIX. É uma edificação eclética, com características do estilo neoclássico desenvolvido pelos imigrantes alemães que se fixaram em Curitiba. Composta por dois pavimentos e confeccionada em alvenaria de tijolos, possui uma fachada principal simétrica, na qual se destacam os elementos decorativos bastante estilizados, uma pequena varanda de peitoril metálico e a placa alusiva a Alfredo Andersen criada por João Turin.
Antes de ser a sede do MAA, a edificação abrigou diferentes instituições. Foi originalmente construída para o funcionamento de uma sociedade recreativa alemã, depois se transformou na residência, ateliê e escola de artes de Alfredo Andersen, e de 1935 a 1964 foi a residência, ateliê e escola de artes de seu filho, Thorstein Andersen. Durante anos Thorstein manteve as funções do espaço estabelecidas por seu pai, mas ampliou a edificação para torná-la mais apta às suas próprias necessidades. A construção, desapropriada e restaurada parcialmente em 1959, foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1971. Entre 1988 e 1989 foi totalmente restaurada e ganhou o aspecto que mantém até hoje.
Assim como Alfredo Andersen é uma personalidade de destaque na história da arte do Paraná, o Atelier de Arte do Museu Alfredo Andersen e o Centro Juvenil de Artes Plásticas destacam-se na história do ensino de artes no Estado – os quais tiveram entre seus alunos e docentes pessoas de relevância para a história da cultura paranaense.
Serviço:
Abertura: sábado, 10 de agosto, às 10h
Em cartaz até 15 de setembro
Local: Sala Anna de Oliveira - Museu Casa Alfredo Andersen
Créditos: AEN
Créditos: AEN