Ministro de Lula diz que saída de PP e União não fragiliza governo
Saída de PP e União não preocupa, diz Márcio Macêdo, que reafirma confiança na base de Lula e cobra reforma política para reduzir fragmentação partidária no Brasil
Por Da Redação

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, minimizou a saída do Progressistas (PP) e do União Brasil da base do governo federal, anunciada neste mês. Segundo ele, embora lamente a decisão, não se trata de um movimento capaz de fragilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Macêdo ressaltou que essas duas legendas já não estiveram ao lado de Lula na disputa presidencial de 2022, quando o petista derrotou Jair Bolsonaro. “Gostaria que esses partidos continuassem na base, ajudando na construção de maioria no Congresso e contribuindo para o projeto generoso que Lula lidera. Também queria que estivessem conosco na eleição. Mas, se decidiram sair, apoiar outras candidaturas ou liberar seus filiados, isso faz parte da democracia, e nós respeitamos”, disse.
O ministro destacou ainda que a ausência de PP e União não muda a confiança do governo em sua força política. “Esses partidos não estiveram conosco na eleição. Nós ganhamos. Gostaria que estivessem agora, mas, se não estiverem, é da vida. Vamos disputar com aqueles que permanecerem, confiantes na liderança do presidente Lula, na força do governo e na compreensão do povo brasileiro de que não dá para retroceder. Temos que avançar”, completou.
Reforma política no radar
Durante a entrevista, Macêdo também cobrou que o Congresso avance na discussão de uma reforma política, que, em sua visão, é fundamental para dar mais clareza ao papel de cada partido no sistema brasileiro. “O Brasil precisa fazer a sua reforma política, talvez seja a mãe de todas as reformas”, afirmou.
Segundo o ministro, um país do porte do Brasil funcionaria melhor com menos siglas, mas mais consolidadas e de alcance nacional. “Talvez o país suportasse bem 8 ou 10 partidos fortes. Por isso, é necessário começar a pensar em mudanças que definam com clareza as posições no conjunto da sociedade”, avaliou.
Com informações do Portal Metrópoles
