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Três micos-estrela foram encontrados mortos no Parque das Mangabeiras, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com a Prefeitura da capital mineira, exames laboratoriais confirmaram que os animais foram infectados pelo herpesvírus do tipo 1 (HSV-1), geralmente transmitido por contato com alimentos oferecidos por pessoas contaminadas. A informação foi divulgada nesta terça-feira (22).
Segundo a Fundação de Parques e Zoobotânica, responsável pelo monitoramento da fauna no parque, o caso é considerado um surto isolado, afetando apenas a população de micos-estrela da área. Um quarto animal também está sob investigação, mas os exames realizados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA não foram conclusivos.
Ainda de acordo com a prefeitura, até o momento, nenhum outro caso da doença foi registrado em animais na capital em 2024.
Risco à saúde humana é baixo
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que o herpesvírus HSV-1, embora comum entre humanos, apresenta risco reduzido à população. “É importante destacar que, por se tratar de uma infecção comum, a doença apresenta poucos riscos para a população. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 99% da população adulta já adquiriu imunidade ainda na infância ou adolescência, normalmente de forma assintomática ou com um único episódio”, esclareceu a administração municipal. Em caso de sintomas, a recomendação é buscar atendimento médico.
Campanha educativa tenta evitar novos casos
Para evitar novos episódios como esse, a PBH tem reforçado desde o início do ano a campanha "Não Alimente os Animais", com ações educativas no próprio Parque das Mangabeiras. A campanha inclui bate-papos itinerantes com os visitantes, orientações sobre o descarte correto de resíduos e informações sobre os riscos que certos vírus, como o herpesvírus, representam para os animais silvestres.
“O objetivo é conscientizar os frequentadores sobre os impactos negativos que atitudes simples, como oferecer alimentos aos animais, podem causar à saúde da fauna do parque”, destacou a Fundação de Parques e Zoobotânica.
A Prefeitura segue monitorando a situação com o apoio de outros órgãos municipais e reforça o pedido para que a população evite qualquer tipo de contato direto com os animais.
