Mesa-redonda na Assembleia debate o paradesporto como instrumento de inclusão social
Evento foi promovido pela Comissão de Cultura da Casa, presidida pelo deputado Nelson Justus (União).

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Paraná promoveu na manhã desta segunda-feira (22) uma mesa redonda denominada “Além do pódio”. A ideia foi encontrar alternativas para ajudar e estimular portadores de deficiência a encontrar no paradesporto um caminho de superação.
“O esporte também é uma arte, e é um instrumento de inclusão social, que é a palavra do momento. Nós temos que fazer isso, isso não cabe só ao governo, cabe a toda a sociedade. Então nós fizemos uma roda de conversações a esse respeito, com atletas paralímpicos, todas as entidades que representam, e psicólogos esportivos, para que a gente possa discutir. Colocar em pauta também a cultura e o esporte como momentos ou instrumentos de inclusão social”, disse o proponente da iniciativa e presidente da Comissão, deputado Nelson Justus (União).
A vice-presidente da Comissão, deputada Cloara Pinheiro (PSD), destacou a capacidade de superação. “Eu acredito que quando a gente fala em paratleta, quando a gente fala em deficiência física, para mim é eficiência. Eles são os maiores campeões, devido a sua imensa capacidade de superação. Eles são exemplos”.
Professor Euler, secretário municipal de esporte e lazer de Curitiba, também participou. Segundo ele, a reunião é fundamental para justamente para promover a inclusão e tratar o paradesporto no nível que ele realmente merece. “Por exemplo, é muito comum que o paradosporto seja visto como um pedaço do esporte. E não é. Não pode ser um puxadinho do esporte. Da mesma forma que você trata o esporte, você tem que ter um outro departamento para tratar do paradesporto. É importante investir nessa área, justamente para promover a inclusão. Eu dou um exemplo muito típico, que é do trauma. A pessoa que sofre um acidente, algumas vão se recuperar no hospital, outras vão se recuperar no paradisporto. E os resultados obtidos no paradesporto têm sido infinitamente melhores do que a maioria dos casos em que a pessoa fica no hospital e acaba entrando em depressão e tudo mais”, comentou. Segundo ele, a inclusão associada ao esporte é o melhor tratamento.
Paratletas
Alexandre de Oliveira, presidente da Associação de Deficientes Físicos do Paraná e paratleta de bocha, marcou presença na reunião. Ele elogiou a iniciativa e destacou a importância da inclusão. “Sem sobra de dúvidas, o esporte é uma das ferramentas fundamentais na inclusão social. Temos grandes exemplos de pessoas que são lesionadas ou tiveram algum tipo de acidente ou doença adquirida durante sua vida e se tornaram grandes atletas, então o esporte sim é uma ferramenta de inclusão, é um meio que a pessoa encontra de expandir a sua vida pessoal, de ter novos conhecimentos com outras pessoas”.
Eric Tobera, atleta paralímpico de natação, também participou. De acordo com ele, o esporte é uma oportunidade. “É um novo caminho para pessoas que passam por dificuldades, principalmente na superação de acidentados”.
