Mais prazo! Empresa pede 2 aditivos e término das obras do Hospital de Retaguarda ficará pra setembro
Valor para concluir os serviços subiu para R$ 6,5 milhões. Empresa alega readequação dos projetos e falta de mão de obra

Eliane Alexandrino/ Cascavel
As obras de reformas e ampliação do Hospital Retaguarda Allan Brame Pinho, em Cascavel, atingiram 50%, a empresa contratada Costa Oeste Construções pediu mais 5 meses de prazo para finalizar os serviços, conforme informações do Diário Oficial.
Para a Gazeta do Paraná, a construtora disse por telefone que foram feitos dois aditivos, um para readequar os projetos (hidrossanitário) e outro por conta da falta de profissionais para dar andamento às obras.
Atualmente os serviços estão sendo realizados na cobertura de uma laje antiga, reboco nas paredes internas devido às infiltrações. As reformas estavam previstas para serem finalizadas no mês passado, mas teve que ser adiada, o novo prazo ficou previsto para setembro.
Esta não é a primeira vez que o prédio passou por reformas, a última foi a troca de todo o telhado. Em fevereiro passado o hospital recebeu do estado investimentos de R$ 2 milhões. O recurso irá ampliar o atendimento do hospital, com a aquisição de equipamentos, reforçar o setor da ortopedia para o atendimento de traumas e emergências.
Em entrevista ao podcast da Gazeta do Paraná no mês passado, o diretor do hospital, Lísias de Araújo Tomé, revelou que a previsão é de que até o fim do ano a unidade hospitalar dê início aos procedimentos cirúrgicos. A unidade hospitalar realiza atendimentos clínicos de baixa e média complexidade, que são encaminhados pela macrorregulação de leitos. O Hospital foi essencial no atendimento da pandemia em 2020/2021.
O hospital foi inaugurado no final de 2019, e começou a funcionar ainda na pandemia. Toda a estrutura do prédio do Hospital Santa Catarina é antiga, mas não deixou de atender toda a população durante a pandemia da covid-19 e também durante a epidemia de dengue.
Melhorias:
Já foi dado início a construção de um prédio de três andares, onde irá funcionar 3 novos centros cirúrgicos, novos leitos e parte administrativa. A previsão é que até setembro o hospital dê início às cirurgias ortopédicas.
Hoje o hospital só tem atendimento clínico, são pacientes que passam pelas UPAs com algum diagnóstico e precisa ficar internado. Nos últimos anos o Governo do Estado tem investido na unidade hospitalar. Hoje são 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 50 leitos de enfermaria. Com a ampliação das obras, serão 4 salas de recuperação pós-anestésica e 24 novos leitos pré e pós-cirúrgicos, ou seja, vai subir para 84 leitos no total.
“Essas cirurgias de baixa e média complexidade que muitas pessoas ficam aguardando nas UPAs [Unidade de Pronto Atendimento] para conseguir um procedimento cirúrgico no HU, por exemplo, será feita pelo Retaguarda. Temos pacientes que precisam fazer cirurgia de hérnia que estão há 6/8 anos, ou pedra na vesícula e nos rins, poderão ser feitas no hospital, ajudando a desafogar a fila do Hospital Universitário”, explica o diretor do hospital, Lísias de Araújo Tomé.
O que diz a Sesau?
A Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel afirma que foram feitos dois aditivos no contrato: 1º de metafísica (serviços e valores) no valor de R$ 537.505,14, contemplando serviços na fundação devido a necessidade durante a demolição da edificação antiga e escavação do terreno.
O segundo aditivo foi por execução e vigência, prorrogando em 5 meses os prazos de contrato (execução até 29/09/2025 e vigência até 10/12/2025). O valor inicial do contrato era de R$5.966.653,93 com aditivo celebrado passou a ser R$ 6.504.159,08. A previsão do término da obra é para 29 de setembro deste ano, afirma a Sesau.
Foto: Divulgação