Jurados de Cannes declaram apoio à greve de roteiristas de Hollywood

Presidente do júri, Ruben Östlund, e Paul Dano apoiaram movimento que pede melhor remuneração à classe nos Estados Unidos. Membro do júri do Festival de Cannes 2023, Paul Dano, Denis Menochet, Brie Larson, Ruben Ostlund, Damian Szifron, chegam para a cerimônia de abertura Loic Venance/AFP O presidente do júri do 76º Festival de Cinema de Cannes, Ruben Östlund, afirmou nesta terça-feira (16) que apoia a greve dos roteiristas de Hollywood, um posicionamento compartilhado por outros membros do painel. g1 explica: Por que os roteiristas de Hollywood entraram em greve? "Acho ótimo que as pessoas se sintam parte de algo coletivo e façam greve", disse Östlund, que ganhou duas Palmas de Ouro no festival. "Sou definitivamente a favor, sigam em frente!", acrescentou em coletiva de imprensa. A greve dos roteiristas, que paralisou filmagens nos Estados Unidos, começou em 3 de maio após o fracasso das negociações coletivas com os principais estúdios de Hollywood. O ator e diretor americano Paul Dano, que também faz parte do júri de Cannes, com nove membros, e é casado com a atriz e roteirista Zoe Kazan, também expressou seu apoio. "Minha esposa está atualmente protestando com nosso bebê de seis meses, e quando eu voltar para lá, me juntarei a ela", assegurou Dano, que recentemente estrelou "Os Fabelmans", de Steven Spielberg. A greve é realizada por milhares de roteiristas que exigem melhores condições salariais em um setor profundamente impactado pelo surgimento das plataformas de streaming. O júri de Cannes, do qual faz parte o diretor argentino Damián Szifrón, começará oficialmente seu trabalho na quarta-feira (17) e anunciará seu veredito no dia 27. "Quando você dirige um júri, tenta criar um tipo de atmosfera em que as pessoas não tentem parecer inteligentes o tempo todo", explicou Östlund. "Ninguém deve ter medo de expressar sua opinião, se você tem um júri em que todos tentam parecer... Intelectuais, mais espertos que o vizinho, está errado", opinou o diretor sueco. O prêmio máximo de Cannes é "o mais importante do mundo. Se posso escolher entre um Oscar e uma Palma, a escolha é clara", afirmou.