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HUOP registra mais de 85 mil atendimentos em 2024

O Hospital Universitário aumentou o número de atendimentos realizados em 2024, fechando o ano com mais de 85 mil pacientes em seus ambulatórios

Por Gabriel Porta Martins

HUOP registra mais de 85 mil atendimentos em 2024 Créditos: Assessoria

O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), que é referência para mais de 2 milhões de pessoas na região Oeste do Estado, aumentou o volume de atendimentos em 2024. Ao longo do ano, foram realizados 85.334 atendimentos ambulatoriais, representando um crescimento de 1,77% em relação a 2023. Na área de cirurgias, os números também impressionam. Em 2024, foram realizadas 6.434 cirurgias de urgência e emergência e outras 1.800 eletivas, totalizando mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos, um aumento de 27% em comparação ao ano anterior.

O diretor-geral do HUOP, Rafael Muniz de Oliveira, comemorou os resultados e destacou a importância da unidade para toda a macrorregião Oeste e Sudoeste do Paraná. “Esse crescimento demonstra o compromisso do hospital em atender não apenas Cascavel, mas também os demais municípios da região. Trabalhamos para levar à população que mais precisa um atendimento de excelência e qualidade”, afirmou.

Nova ala materno-infantil
Um dos marcos de 2024 foi a inauguração da nova ala materno-infantil do HUOP. Com 5.127 metros quadrados de área construída, a estrutura conta com três andares, 70 leitos adultos e 98 berços (incluindo UCI e UTI), além de toda infraestrutura médica necessária. O investimento total foi de R$ 19 milhões.

Reconhecido como “hospital amigo da criança”, o HUOP é referência em partos e atendimentos pediátricos na região. Mensalmente, são registrados mais de 300 nascimentos na instituição, todos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Retomada das cirurgias eletivas
A retomada das cirurgias eletivas foi outro grande avanço em 2024. Entre setembro e dezembro, mais de 1.800 procedimentos foram realizados, abrangendo especialidades como ortopedia, urologia e cirurgias gerais.

Destaque na captação de órgãos
O HUOP também foi destaque na captação de órgãos para transplantes. A unidade alcançou uma taxa de autorização familiar de 83%, superando a média estadual de 72%. Ao todo, foram notificadas 70 mortes encefálicas, das quais 30 resultaram na captação de 99 órgãos e tecidos. Essas doações impactaram diretamente a vida de quase 100 pessoas que aguardavam por transplantes. Os avanços registrados em 2024 reforçam o papel do HUOP como uma referência em saúde pública, atendendo com qualidade e eficiência pacientes de toda a região.

Município
A Prefeitura de Cascavel, por meio da Secretaria de Saúde, realizou ontem (16), a primeira reunião da Sala de Situação das Arboviroses. O grupo foi criado com o objetivo de traçar estratégias de enfrentamento às arboviroses, como dengue e chikungunya, que impactam a cidade. De acordo com o secretário de Saúde, Ali Haidar, a iniciativa envolve a revogação de uma portaria anterior para a criação de uma nova estrutura. “Revogamos uma portaria do ano passado e criamos uma nova para implementar a Sala de Situação. Trata-se de um comitê que discute a situação epidemiológica do município e propõe ações a serem desencadeadas, focando na redução dos casos de dengue e outras arboviroses, além de sensibilizar a população. É um comitê multissetorial que monitora e avalia as medidas necessárias para o controle das arboviroses”, explicou.

Ali destacou que a ampliação do número de participantes no comitê foi um dos motivos para a criação da nova portaria. Na reunião inicial, representantes da Secretaria de Estado da Saúde e técnicos da 10ª Regional de Saúde participaram para alinhar estratégias. Segundo o secretário, já foram discutidas ações que serão apresentadas em um próximo encontro do grupo ampliado, onde decisões mais concretas serão tomadas. “Entre as medidas, estamos elaborando um sistema de monitoramento para acompanhar a evolução dos casos de chikungunya e estruturando fluxos de atendimento. Também estamos preparando o município para um possível cenário de epidemia, como ocorreu no ano passado, com levantamento de estoques de medicamentos e aquisição de insumos e equipamentos. Além disso, queremos ações descentralizadas, envolvendo outras secretarias, como Educação, Meio Ambiente e Território, para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti. Reduzindo a população de mosquitos, diminuiremos os casos de dengue, zika e chikungunya”, completou.

A diretora de Vigilância em Saúde, Rozane Campiol, reforçou que a criação da Sala de Situação vem somar aos esforços de enfrentamento. “Esse grupo reúne várias secretarias e profissionais que discutem o cenário atual e apontam novas ações ou implementações. Hoje, o cenário da dengue é um pouco mais controlado, mas enfrentamos muitos casos de chikungunya, principalmente concentrados na região norte da cidade. Apesar das ações incisivas, os resultados ainda não são satisfatórios”.

Rozane enfatizou que é necessário mudar a cultura e o comportamento da população. “Se não houver uma mudança de rotina, não conseguiremos vencer esse cenário. O poder público tem buscado alternativas, mas a população precisa fazer sua parte. Cada indivíduo precisa entender que, sem o seu compromisso, não será possível conter a proliferação do mosquito. Quando todos os órgãos e a população se mobilizarem, será possível controlar a disseminação das arboviroses. Só depende de cada um de nós”.