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Homem é preso por cultivar maconha em casa e diz que a droga era para a avó com Alzheimer

Suspeito afirma que extraía canabidiol para tratar a avó, mas polícia aponta indícios de comércio ilegal e uso recreativo

Por Gazeta do Paraná

Homem é preso por cultivar maconha em casa e diz que a droga era para a avó com Alzheimer

Um homem foi preso em flagrante nesta segunda-feira (21), em Santos, no litoral de São Paulo, por cultivar maconha dentro do próprio apartamento. A Polícia Civil localizou uma estufa com plantas em diferentes estágios de desenvolvimento e diversos materiais para cultivo, fracionamento e possível comercialização da substância.

A operação foi realizada com mandados de busca e apreensão em dois apartamentos do mesmo prédio, localizado na Avenida Rei Pelé, no bairro Ponta da Praia. Durante as buscas, os policiais apreenderam maconha embalada em porções, cogumelos com características de psilocibina, dois selos com aparência semelhante ao LSD, vaporizadores, materiais de cultivo, cadernos com anotações de produção e transações, além de três cigarros parcialmente consumidos encontrados sobre a cama do casal.

A mãe e a avó do suspeito moram em um dos apartamentos vistoriados. Segundo a mãe, o homem utilizava o canabidiol extraído das plantas para ministrar doses à avó, que sofre de Alzheimer e está acamada. No entanto, segundo o relatório policial, ele não possui prescrição médica ou autorização sanitária para realizar a manipulação e administração da substância, o que configura prática irregular e potencialmente perigosa à saúde da paciente.

O suspeito alegou ter autorização judicial para o cultivo de cannabis com fins medicinais, mas não apresentou a documentação completa nem demonstrou autorização para manipulação e uso por terceiros. A delegada Lígia Villela, titular do 3º Distrito Policial de Santos, destacou que o cultivo medicinal exige autorização específica, acompanhamento médico e conformidade com as normas da Anvisa.

“Ao desrespeitar esses critérios, o ato deixa de ser tratamento para se configurar como crime”, afirmou a delegada.

A companheira do suspeito também estava presente durante a operação. Embora não tenha sido autuada em flagrante, ela será investigada no inquérito.

O caso será apurado sob suspeita de tráfico de drogas, conforme os artigos 33 e 34 da Lei de Drogas, devido à quantidade de substâncias, os apetrechos encontrados, o possível uso recreativo e a ausência de autorização para o uso medicinal por terceiros.

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