Google afirma ao STF que não pode identificar autor da “minuta do golpe”

Plataforma diz que pedido não especifica URL do conteúdo

Por Gazeta do Paraná

Google afirma ao STF que não pode identificar autor da “minuta do golpe”

O Google informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (18), que não tem como atender ao pedido feito pelo ministro Alexandre de Moraes para identificar o responsável por publicar a chamada “minuta do golpe” na internet. A justificativa da empresa é a ausência de uma URL no ofício encaminhado à plataforma.

A solicitação havia sido feita por Moraes na terça-feira (17), no âmbito da ação penal 2.668, que investiga a tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. A ordem foi emitida após pedido da defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que tinha o documento em sua posse.

Segundo o inquérito da Polícia Federal, a minuta foi impressa no Palácio do Planalto e serviria como base para um decreto de estado de exceção, visando impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Não se trata de formalismo: a URL é o meio de localização do material na internet. Sem ela, não é possível localizar o conteúdo”, afirmou a defesa do Google, com base no Marco Civil da Internet.

A minuta é um dos principais elementos da ação penal que também tem Jair Bolsonaro entre os réus. Ele integra o núcleo principal da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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