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Gerente demitido após polêmica com padre Fábio de Melo entra na Justiça contra o religioso

O caso teve início no começo de maio, quando o padre relatou, em suas redes sociais, ter notado uma divergência de preços em dois potes de doce de leite no estabelecimento.

Por Gazeta do Paraná

Gerente demitido após polêmica com padre Fábio de Melo entra na Justiça contra o religioso Créditos: Reprodução

O gerente Jair José Aguiar, demitido após um episódio polêmico envolvendo o padre Fábio de Melo em uma cafeteria de Joinville (SC), ingressou com uma ação judicial contra o religioso. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade, Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sitratuh), que está oferecendo suporte jurídico ao ex-funcionário.

O caso teve início no começo de maio, quando o padre relatou, em suas redes sociais, ter notado uma divergência de preços em dois potes de doce de leite no estabelecimento. Segundo ele, ao questionar uma funcionária, teria sido tratado com grosseria por Aguiar, que na época era gerente da loja. A situação gerou grande repercussão e culminou na demissão do profissional.

Desde o ocorrido, o Sitratuh acompanha o caso e afirma que as medidas legais estão em andamento. “A ação cível contra o influenciador religioso já foi distribuída e está em trâmite. Agora, será protocolada uma ação trabalhista contra a empresa”, afirmou o advogado Eduardo Tocilo, que representa o sindicato.

Jair, que não respondeu aos pedidos de entrevista, tem usado as redes sociais para se manifestar. Em publicações recentes, disse ser alvo de críticas e julgamentos desde que o caso veio a público. Ele nega a versão apresentada por Fábio de Melo e afirma que sequer conversou com o padre no momento do incidente.

"Quero poder andar na minha cidade com dignidade, ter coragem de sair na rua. Me falam que sou a vergonha nacional, estou muito abalado, minha família sofre muito", desabafou Jair, relatando ainda impactos significativos em sua saúde mental.

Por sua vez, o padre Fábio de Melo não se pronunciou diretamente sobre a ação. No entanto, em declarações anteriores, reiterou que não tinha a intenção de causar a demissão do gerente. O religioso reafirmou sua crítica à diferença de preços e ao que considerou uma postura inadequada do gerente diante da situação.

“Ele não teria que discutir com funcionária, teria que ter nos dirigido a palavra. Não há nada que um sorriso no rosto não resolva. Não tenho motivo para mentir”, declarou o padre em publicação anterior. Ele ainda destacou que situações como essa devem reforçar o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor. “Nenhum gerente tem o direito de decidir qualquer coisa que contrarie a lei. Que o episódio sirva de alerta”, completou.

O caso segue repercutindo nas redes e agora terá desdobramentos também na esfera judicial.

Com informações do F5