Família pede agilidade em processo que investiga a morte de fotógrafo que teve a moto arrastada por quase dois quilômetros em Londrina

MP pediu para analisar imagens do acidente, mas Polícia Civil diz que prova já está no inquérito. Defesa de motorista suspeito só vai se manifestar após término da investigação Processo sobre homicídio doloso está parado em Londrina A família do fotógrafo Wilton Miwa, de 52 anos, está cobrando rapidez no processo que apura a morte dele em outubro do ano passado em um acidente de trânsito em Londrina, no norte do Paraná. De acordo com a Polícia Civil, a vítima teve a moto arrastada por quase dois quilômetros pelo motorista de uma caminhonete. Miwa foi levado a um hospital, onde morreu após nove dias internado. Vídeos feitos por outros motoristas e imagens de câmeras de segurança registraram a caminhonete arrastando a moto. "Quando eu vi aquelas fagulhas saindo da caminhonete, a moto enroscada, eu pensei: Meu Deus, e o meu irmão? Aquilo me chocou tanto que não sabia o que pensar", afirma a irmã da vítima, Heleny Miwa. O fotógrafo não chegou a ser arrastado. Segundo a polícia, ele pulou da moto, mas ficou bastante ferido e não resistiu. A defesa do suspeito disse que só vai se manifestar após a conclusão oficial do inquérito policial. Wilton Miwa, que morreu em acidente de trânsito em Londrina (PR) Reprodução/RPC Inquérito A Delegacia de Trânsito de Londrina ouviu testemunhas na investigação, que relataram que o motorista teria invadido a pista e batido intencionalmente contra Miwa. Os depoimentos, somados a outras provas, levaram o delegado a indiciar o condutor da caminhonete por homicídio duplamente qualificado. O inquérito está no Ministério Público. A Promotoria pediu uma imagem que, segundo a Polícia Civil, já foi alvo de apuração. Em nota, o MP informou que aguarda informações complementares para abrir a ação criminal. Vida interrompida Amante de fotografia, Wilton Miwa também se aventurava na literatura. Ele estava escrevendo o terceiro livro quando sofreu o acidente. A irmã afirma que não desistir do caso. Leia também Suspeito de matar jovem em Maringá diz que deu facada para se defender, afirma delegado "Temos que fazer com que a justiça prevaleça. Isso é necessário para que as pessoas não lembrem deste caso como um exemplo de impunidade". Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.