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EUA confirmam primeiro caso humano de “bicheira-do-Novo-Mundo”, parasita que come carne

Confirmação do caso aumenta alerta no setor pecuário, que teme avanço da praga para os Estados Unidos a partir da América Central

Por Da Redação

EUA confirmam primeiro caso humano de “bicheira-do-Novo-Mundo”, parasita que come carne Créditos: ChatGPT/IA

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) confirmou, no último domingo (24), o primeiro caso humano no país de “bicheira-do-Novo-Mundo”, parasita conhecido por se alimentar de tecidos vivos. O paciente havia retornado de uma viagem a El Salvador. O caso foi identificado em Maryland e confirmado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em 4 de agosto.

A informação, no entanto, gerou divergências. Representantes do setor pecuário afirmaram que o infectado teria vindo da Guatemala. O HHS não esclareceu a discrepância, mas reforçou que o risco de transmissão para a saúde pública nos EUA é “muito baixo”. Até agora, não há registros de casos em animais no país.

A confirmação surge em meio à preocupação de criadores de gado, frigoríficos e comerciantes, já em alerta diante do risco de a mosca-da-bicheira avançar para os EUA a partir da América Central. O Departamento de Agricultura (USDA) estima que um surto poderia custar cerca de US$ 1,8 bilhão ao Texas, maior produtor de gado norte-americano.

Na semana passada, a secretária do USDA, Brooke Rollins, anunciou no Texas a construção de uma instalação de produção de moscas estéreis para conter a praga. A medida é vista como estratégica diante da ameaça.

A bicheira (Cochliomyia hominivorax) é um parasita cujas larvas se alimentam de carne viva, podendo matar animais e, em casos raros, infectar humanos. O episódio reforça o temor de impactos econômicos e sanitários caso o inseto consiga se estabelecer em território norte-americano.

 

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