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Comunidade escolar critica instalação de Centro POP nas proximidades do Wilson Joffre

“Não aceitaremos”, diz comunidade escolar sobre instalação de centro para moradores de rua

Por Gabriel Porta Martins

Comunidade escolar critica instalação de Centro POP nas proximidades do Wilson Joffre Créditos: Divulgação

A comunidade do Colégio Estadual Wilson Joffre, em Cascavel, manifestou-se contrária à instalação de um Centro POP nas proximidades da instituição. O Conselho Escolar emitiu uma nota de repúdio contra a Resolução CMDCA Nº 16/2025, que autoriza a utilização do prédio do CREAS SUL, localizado na Rua Riachuelo, para a implantação do serviço especializado para pessoas em situação de rua.  

No documento, a escola expressa preocupação com a segurança dos alunos, especialmente daqueles que utilizam transporte público ou se deslocam a pé. Segundo a nota, a presença do centro POP`na região pode gerar insegurança, considerando incidentes recentes envolvendo moradores de rua e usuários de drogas na cidade.  

A nota também citou o episódio de violência ocorrido no dia 25 de março, quando Luís Lourenço, de 35 anos, foi assassinado em via pública, mesmo tentando fugir. "O crime, presenciado por diversas pessoas, gerou comoção e reforçou o temor sobre a falta de segurança na região". Além disso, o colégio ressaltou que a escola atende alunos com mobilidade reduzida, deficiências físicas e motoras, além de neurodivergentes, como aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down. "A preocupação se estende ainda a estudantes que dependem do acompanhamento constante de familiares, como pais e irmãos, e que podem estar mais vulneráveis diante de um possível aumento da violência no entorno da instituição".  

Outro ponto abordado foi a proximidade do Restaurante Popular Central e de terrenos baldios, que, segundo a nota, já são utilizados como refúgio por pessoas em situação de rua, aumentando os riscos para a segurança dos alunos.  

A nota finaliza reafirmando a necessidade de garantir um ambiente escolar seguro e solicitando a revisão da decisão pela Secretaria de Segurança, Secretaria de Assistência Social e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. A comunidade enfatiza que não aceitará a instalação do centro no endereço proposto.