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Doenças reumáticas já afetam 15 milhões de brasileiros

Conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia, as doenças reumáticas formam um grupo de mais de 120 enfermidades.

Por Gazeta do Paraná

Doenças reumáticas já afetam 15 milhões de brasileiros Créditos: Divulgação Gcast Gazeta do Paraná

O Caderno Mais+ destaca uma recomendação que está ganhando grande atenção nas redes sociais e no YouTube da Gazeta do Paraná, o Gcast. No episódio do programa Gazeta Saúde,  a reumatologista Gessica Garbim, abordou o tema das doenças reumatológicas (reumáticas).

Conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia, as doenças reumáticas formam um grupo de mais de 120 enfermidades que afetam ossos, articulações, músculos e ligamentos, podendo comprometer órgãos como coração, pulmões e rins. Entre os sintomas mais comuns estão dor persistente, inchaço e rigidez nas articulações, o que pode levar à deformidade e limitação dos movimentos. 

Dentre as principais doenças estão a artrite reumatoide, artrose (osteoartrite), fibromialgia, lúpus eritematoso sistêmico (LES), gota, espondilite anquilosante, osteoporose, tendinite, bursite e lombalgia. Sendo uma das principais causas de afastamento do trabalho. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que mais de 15 milhões de pessoas no país convivam com essas doenças.

Garbim  iniciou o bate-papo contextualizando, já que muitas pessoas têm dúvidas e não sabem exatamente o que significam as doenças reumáticas. Ela explicou que, frequentemente, o termo "reumatismo" é usado de forma generalizada, sem a compreensão exata do que envolve.

"Então, as doenças reumatológicas são aquelas que, principalmente, afetam as articulações, os músculos, ligamentos, tendões e, às vezes, até os nervos. É um grupo bem amplo de doenças. Temos os reumatismos de partes moles, como tendinites, bursites, epicondilite, fascite. Além disso, existem as doenças autoimunes inflamatórias das articulações, como a artrite reumatoide, espondilite, o próprio lúpus e várias outras doenças autoimunes que atingem não só as articulações, mas outros sistemas do corpo também", esclarece. 

 

Diagnóstico 

Para a dona de casa  Luzia de Souza, que teve o diagnóstico de Lúpus aos 45 anos, a vida mudou completamente. Hoje, se não fosse a medicação, a dor seria insuportável. 

“No começo, foi difícil entender o que estava acontecendo comigo. Sentia cansaço extremo, dores nas articulações e manchas avermelhadas na pele, mas os médicos demoraram a fechar o diagnóstico. Quando finalmente descobri que era lúpus, fiquei assustada, pois não conhecia muito sobre a doença”, relata.  “Apesar de não ter cura, hoje sigo um tratamento com acompanhamento médico, usando anti-inflamatórios e imunossupressores para controlar os sintomas. Aprendi a respeitar os limites do meu corpo e a cuidar melhor da minha saúde. Sei que o lúpus não me define, e cada dia é uma nova oportunidade para seguir em frente”, finaliza Luzia. 

Conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o lúpus é uma doença autoimune, o que significa que o próprio sistema de defesa do corpo ataca células saudáveis, causando inflamação em diversas partes, como pele, articulações, rins, coração e até o cérebro.

Segundo Garbim, os reumatismos, como tendinites, bursites e epicondilites, são bastante comuns e muitas pessoas ouvem falar delas, seja por terem ou por conhecerem alguém da família que teve. Antigamente, acreditava-se que estavam muito ligadas ao trabalho, mas hoje sabemos que fatores como esforço repetitivo e fraqueza muscular, muitas vezes relacionados aos hábitos de vida, também contribuem. 

 

Como Diagnosticar?

Um ponto importante abordado no bate-papo é como diagnosticar as doenças reumáticas: “As doenças reumáticas, em sua maioria, afetam o aparelho locomotor, com foco nas articulações e estruturas ao redor. A dor é o principal sintoma, podendo ser acompanhada de rigidez, inchaço e perda de mobilidade. Nas doenças autoimunes inflamatórias, como a artrite reumatoide, a dor tende a piorar durante o repouso, especialmente à noite ou ao acordar, com rigidez articular e dificuldade em realizar movimentos simples, como fechar a mão”, orienta Garbim. 

A reumatologista explica que, quando há dor no cotovelo, como na epicondilite (cotovelo de tenista), o diagnóstico pode ser feito tanto por ortopedistas quanto por reumatologistas. O ortopedista cuida geralmente de casos que exigem cirurgia, enquanto o reumatologista foca no tratamento conservador, com medicamentos e técnicas como ultrassonografia músculo esquelética.

 

Tratamentos 

Os tratamentos mais indicados hoje são:  fisioterapia, anti-inflamatórios, analgésicos e mudanças no estilo de vida, são comumente recomendados para quadros como lombalgia. Em casos de doenças reumáticas, o reumatologista pode prescrever medicamentos para controlar a inflamação, aliviar a dor e prevenir danos articulares.

A reumatologista recomenda que quem sentir dor articular procure um médico. O importante é não ignorar a dor e buscar ajuda para um tratamento adequado. 

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Créditos: Redação Gazeta do Paraná