Dia do Orgasmo: conheça 12 tipos dfirentes que a ciência reconhece
Falar sobre orgasmo é, acima de tudo, falar sobre saúde sexual e autoconhecimento
Por Da Redação

Mesmo sendo uma resposta natural do corpo ao prazer, o orgasmo — especialmente o feminino — ainda é cercado de desinformação, mitos e tabus. Seja pela dificuldade em entender como chegar lá, pela pressão durante o sexo ou simplesmente pela falta de diálogo aberto sobre o tema, muitas mulheres ainda se sentem perdidas quando o assunto é prazer.
Neste 31 de julho, Dia do Orgasmo, especialistas reforçam a importância de quebrar o silêncio e descomplicar o tema, que está longe de se resumir a uma única forma de sentir. A ciência já reconhece 12 tipos diferentes de orgasmo feminino, e entender como cada um funciona é um passo essencial para o autoconhecimento e a vivência plena da sexualidade.
O que é, afinal, um orgasmo?
“O orgasmo é uma das fases da resposta sexual, em que há intenso prazer físico mediado pelo sistema nervoso autônomo, com contrações rápidas e involuntárias da musculatura do assoalho pélvico, seguidas de um período refratário de relaxamento”, define a sexóloga Giovanna Fornasari.
A sexóloga Cátia Damasceno completa: “Existe um estímulo que vai para o cérebro, e o cérebro manda uma mensagem. Primeiro, vem a liberação de adrenalina, com respiração ofegante e contração muscular — inclusive na região genital. Depois, a endorfina entra em ação, trazendo relaxamento e uma sensação profunda de bem-estar.”
Como reconhecer um orgasmo?
Nem sempre é fácil ter certeza de que se chegou lá. “Como o orgasmo é um misto de sensações, ele pode ser difícil de ser definido”, explica Giovanna. Entre os sinais físicos mais comuns, ela cita:
-
Respiração ofegante e batimentos acelerados;
-
Aumento da temperatura corporal;
-
Mamilos enrijecidos e pupilas dilatadas;
-
Contrações involuntárias da vagina e do ânus;
-
Vulva mais rosada e lubrificação intensa;
-
Sensação de espasmos e relaxamento profundo.
Para Cátia, a confirmação é mais sensorial do que técnica: “Você sente uma sensação gostosa, o coração acelera, vem a contração e, logo depois, o relaxamento. É uma onda de prazer seguida de bem-estar.”
Existem diferentes tipos de orgasmo?
Sim, e muitos. Cátia e Giovanna destacam que o prazer feminino vai muito além da penetração vaginal ou do estímulo clitoriano. Conheça os 12 tipos de orgasmo feminino identificados pela ciência:
-
Orgasmo Clitoriano – O mais conhecido, fruto do estímulo direto no clitóris, órgão exclusivamente voltado ao prazer.
-
Orgasmo Vaginal (Ponto G) – Ocorre a partir do estímulo nas partes internas do clitóris, que se estendem pelo canal vaginal.
-
Orgasmo Combinado – Resultado da estimulação simultânea de diferentes zonas erógenas, como clitóris e mamilos.
-
Orgasmos Múltiplos – Vários orgasmos seguidos, provocados por estímulos diferentes em sequência.
-
Orgasmo Anal – Pode ser alcançado com ou sem penetração, envolvendo estímulos diversos na região anal.
-
Orgasmo em Sonhos – Também chamado de orgasmo noturno, é totalmente gerado por estímulos cerebrais durante o sono.
-
Orgasmo Cervical – Provocado por penetrações profundas que atingem o colo do útero, com ângulos específicos.
-
Orgasmo do Ponto U – Localizado perto da uretra, pode proporcionar prazer com estímulos suaves e cuidadosos.
-
Orgasmo do Ponto A – Fica na parte frontal da vagina e, quando estimulado, pode causar orgasmos mais intensos que o do ponto G.
-
Orgasmo Mamilar – Estímulos nos mamilos ativam áreas cerebrais semelhantes às da região genital.
-
Orgasmo nos Esportes – Algumas mulheres relatam chegar ao clímax durante atividades físicas como abdominais ou levantamento de peso.
-
Resposta Sexual Expandida (ESR) – Considerada a experiência mais intensa, ativa simultaneamente quatro nervos diferentes, levando a orgasmos múltiplos e prolongados, quase como uma “experiência extracorpórea”.
Prazer é saúde
Falar sobre orgasmo é, acima de tudo, falar sobre saúde sexual e autoconhecimento. Ainda que o tema carregue tabus históricos e sociais, datas como o Dia do Orgasmo ajudam a abrir espaço para conversas mais francas e informativas. E como mostram os especialistas, conhecer o próprio corpo é o primeiro passo para uma vida sexual mais livre, plena e prazerosa.
Afinal, prazer não deve ser um mistério — é um direito.
*Com informações de GShow.
