Curiosity encontra rocha com aparência de coral em Marte e intriga cientistas

Formação curiosa é resultado de erosão e presença de água no passado; rover completa 13 anos de missão bem-sucedida no Planeta Vermelho

Por Gazeta do Paraná

Curiosity encontra rocha com aparência de coral em Marte e intriga cientistas Créditos: NASA

Uma rocha com formato semelhante ao de um coral chamou a atenção da comunidade científica e do público após ser fotografada em Marte pelo rover Curiosity, da NASA, no último dia 24 de julho. O registro foi feito com a câmera de alta resolução Remote Micro Imager, que integra o sistema de imagem do robô, e viralizou pelas semelhanças com estruturas marinhas da Terra.

Apesar da aparência inusitada — intensificada pelo contraste em preto e branco da imagem —, a formação não tem nenhuma relação com os corais terrestres, que são organismos vivos. De acordo com a NASA, trata-se de uma rocha formada por antigos fluxos de água líquida combinados com bilhões de anos de erosão eólica.

“O Curiosity encontrou muitas formações como esta, que se formaram bilhões de anos atrás, quando ainda havia água líquida em Marte”, explicou a agência espacial em nota publicada em 4 de agosto.

Segundo a NASA, a água presente no passado de Marte transportava minerais dissolvidos, que se infiltraram nas rachaduras das rochas. Com o tempo, esses minerais endureceram e ficaram expostos após a erosão constante dos ventos marcianos.

Essa não é a primeira vez que Marte surpreende com formações rochosas peculiares. O rover Perseverance, também da NASA, já registrou desde uma rocha com aparência de cobra, até imagens curiosas que lembram espaguete, um boneco de neve e até um eclipse solar. A geologia do planeta, marcada por bilhões de anos de transformações, segue despertando hipóteses e inspirações.

Curiosity completa 13 anos em Marte

Além da descoberta intrigante, o rover Curiosity celebrou no último dia 5 de agosto seu 13º aniversário de operações em solo marciano. Lançado em 2011 e pousado em 2012 como parte da missão Mars Science Laboratory (MSL), o jipe robô superou todas as expectativas de vida útil.

Inicialmente projetado para uma missão de dois anos terrestres, o Curiosity já percorreu mais de 35 quilômetros, capturou mais de 709 mil imagens e coletou 42 amostras, que ajudaram a entender a geologia e a história climática de Marte.

Com cerca de 2,2 metros de altura, 3 metros de comprimento e pesando 900 quilos, o Curiosity é alimentado por um Gerador Termoelétrico de Radioisótopos Multimissão (MMRTG), que utiliza plutônio como fonte de energia. Esse sistema pode garantir o funcionamento do rover por até 14 anos, o que significa que, se nenhuma falha mecânica ocorrer, o robô pode seguir ativo pelo menos até 2026.

A longevidade da missão e a descoberta de formações como a “rocha coral” reforçam a importância da exploração robótica para desvendar os mistérios do Planeta Vermelho — e, quem sabe, oferecer pistas sobre a possibilidade de vida no passado marciano.

Com informações do Olhar Digital

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