Clima esquenta em audiência pública sobre educação; "Você talvez seja doente"

Discussão sobe o tom e vereador reage a xingamento vindo do publico presente durante audiência na Câmara

Por Da Redação

Clima esquenta em audiência pública sobre educação; Créditos: Captura/CMC/Transmisssão

A audiência pública na Câmara de Vereadores de Cascavel, que discutia os impactos da revogação da Lei Municipal nº 4.958/2008, foi marcada por momentos de ânimos exaltados.

O clima esquentou após um embate entre o presidente da Comissão de Educação, vereador Xavier (Republicanos), e a presidenta do Siprovel (Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal), professora Gilsiane Quelin Peiter.

O atrito começou quando Xavier questionou se, de fato, houve impacto na rede municipal após a revogação da lei que tratava dos limites de alunos por sala. Segundo ele, não há comprovação com dados objetivos de aumento no número de matrículas ou redução no quadro de servidores.

“O problema é que ninguém trouxe aqui dados. Teve aumento de matrículas? Teve diminuição no quadro de servidores? Porque quem disse que impactaria não foram os vereadores. Então, quem afirma que teve impacto deveria ter apresentado os números. Se não apresentou, não há impacto”, afirmou o vereador, sob fortes vaias do público presente.

Gilsiane interrompeu com questão de ordem. “Presidente, eu queria entender: o senhor, enquanto presidente da mesa, agora vai usar a fala pró-secretaria? Então vamos tirar o tempo de fala da secretária Márcia”, rebateu.

Xavier respondeu. “Fiz quatro perguntas e a senhora não respondeu nenhuma. Ou seja, não há impacto. Se não tem números, não dá pra sair dizendo que impactou e que aumentou. Nós estamos discutindo aqui o impacto da revogação de uma lei", disse.

A tentativa de Xavier de limitar a participação de quem estava presente e gostaria de fazer perguntas à mesa, também gerou mais desgaste. Ao propor que cinco pessoas poderiam se inscrever para fala, Gilsiane protestou. “Presidente, nossos colegas da rede municipal têm seis encaminhamentos que foram definidos coletivamente. Isso é cerceamento da participação democrática”, criticou.

Xavier retrucou: “Uma pessoa pode fazer cinquenta encaminhamentos, se for necessário, presidente. Estamos aqui para fazer uma discussão madura. Qual é a dificuldade em explicar quais são os impactos?”.

O clima ficou ainda mais tenso quando uma pessoa do público, em meio às manifestações contrárias, chamou o vereador, supostamente, de "maluco". Ele reagiu imediatamente: “Eu não estou maluco, meu caro. Você talvez seja doente”, respondeu, encerrando o episódio sob vaias e protestos.

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