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Briga com segurança passa a ser principal linha de investigação na morte de empresário em Interlagos

Adalberto Amarillo dos Santos Júnior, de 35 anos, foi encontrado morto dentro de um buraco

Por Gazeta do Paraná

Briga com segurança passa a ser principal linha de investigação na morte de empresário em Interlagos Créditos: Divulgação

 

A Polícia Civil de São Paulo investiga se uma briga com um segurança teria levado à morte do empresário Adalberto Amarillo dos Santos Júnior, de 35 anos, encontrado morto dentro de um buraco em uma área de obras no Autódromo de Interlagos, zona sul da capital paulista. O caso, inicialmente tratado como desaparecimento, ganhou novos contornos com os depoimentos prestados nesta segunda-feira (9) por representantes da empresa responsável pelo evento de motociclistas que ocorreu no local no último dia 30.

Os organizadores foram ouvidos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas não quiseram comentar com a imprensa ao deixar a delegacia. À polícia, forneceram informações sobre a estrutura do evento, o número de funcionários, incluindo seguranças privados, e a divisão do espaço durante a realização do encontro.

Adalberto desapareceu após o fim do evento e foi encontrado quatro dias depois, dentro de um buraco estreito de uma obra, sem calça e sem sapatos. A principal suspeita é de compressão torácica como causa da morte, mas o laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi concluído. Há também a possibilidade de que ele tenha sido colocado no buraco ainda vivo, mas inconsciente.

A partir desta terça-feira (10), os seguranças que atuaram no evento serão ouvidos. Ganhou força a hipótese de que o empresário, que segundo testemunhas havia consumido bebida alcoólica e maconha, tenha se envolvido em um conflito com um dos vigilantes antes de desaparecer.

Outro ponto que chamou atenção dos investigadores é que, embora o Autódromo de Interlagos possua dezenas de câmeras de segurança, o local exato onde o corpo foi encontrado não estava sendo monitorado. A suspeita é de que o equipamento de vigilância tenha sido removido ou estava desativado, o que levanta ainda mais dúvidas sobre as circunstâncias da morte.

Além do laudo cadavérico, a polícia aguarda o resultado da análise de vestígios de sangue encontrados no carro da vítima, que podem ajudar a esclarecer o que aconteceu nas horas finais de vida do empresário. O caso segue em investigação como homicídio com autoria a esclarecer.