Brasil ainda convive com quase 2 milhões de crianças em situação de trabalho infantil
APP-Sindicato reforça a sua defesa pelos direitos das crianças nas escolas
Por Gabriel Porta

O dia 12 de junho marca o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, uma data que reforça a importância do enfrentamento a uma das mais graves violações de direitos de crianças e adolescentes. Apesar de ser proibido pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o trabalho infantil ainda atinge milhões no Brasil.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 1,9 milhão de crianças e adolescentes, com idades entre 5 e 17 anos, estão submetidos a algum tipo de trabalho infantil no país. Isso representa 4,9% dessa faixa etária.
O cenário preocupa especialistas e entidades que atuam na defesa dos direitos da infância. “O trabalho infantil é uma chaga social que rouba a infância e o futuro de milhões de crianças”, afirma Taís Adams, secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP-Sindicato. Ela ressalta a responsabilidade da sociedade na denúncia e na cobrança de políticas públicas eficazes.
A exploração do trabalho infantil, além de ilegal, compromete o desenvolvimento das crianças, afasta da escola e as priva de direitos básicos como brincar, estudar e conviver em segurança. Em muitos casos, as vítimas são submetidas a condições degradantes e a jornadas exaustivas.
O símbolo do cata-vento colorido, utilizado mundialmente na campanha contra o trabalho infantil, representa a união dos cinco continentes na luta por um futuro mais justo para as crianças.
A APP-Sindicato reforça que está ao lado de outras entidades em ações que priorizam a educação como ferramenta de combate ao trabalho infantil. A entidade defende que o ambiente escolar seja um espaço de acolhimento, aprendizado e proteção.
Casos de trabalho infantil podem e devem ser denunciados. A população pode acionar o Disque 100, o Ministério Público do Trabalho, os Conselhos Tutelares ou as Secretarias de Assistência Social municipais. A denúncia é anônima e pode salvar uma infância.
Canais de denúncia:
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Disque 100 (Direitos Humanos)
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Ministério Público do Trabalho: Clique aqui para denunciar
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Conselho Tutelar ou Secretaria de Assistência Social da sua cidade