Vitória do Boca Livre no Grammy soa como honraria póstuma na trajetória do grupo, inativo desde 2021
Por Giuliano Saito
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Quarteto carioca ganha na categoria 'Melhor álbum de pop latino' com 'Pasieros', disco gravado com o artista panamenho Rubén Blades em 2011, mas lançado somente no ano passado. Lourenço Baeta, integrante do grupo Boca Livre, recebe o Grammy de 'Melhor álbum pop latino' em evento antes da cerimônia principal Reprodução ♪ ANÁLISE – A vitória do Boca Livre no Grammy 2023, na categoria Melhor álbum de pop latino, na noite de hoje, 5 de fevereiro, por conta do disco Pasieros (2022), engrandece a história do grupo carioca, formado em 1978, mas soa como honraria póstuma nessa trajetória. É que, a rigor, o quarteto está inativo desde janeiro de 2021, mês em que Zé Renato (voz e violão), Lourenço Baeta (voz, violão e flauta) e David Tygel (voz e viola caipira) se desligaram do grupo por divergências políticas com Maurício Maestro (voz, baixo, violão e arranjos), detentor da marca Boca Livre. Oficialmente, em tese, o grupo ainda existe. Mas, na prática, está fora de cena, sem previsão de volta aos palcos e aos estúdios. Mesmo assim, nada minimiza a visibilidade mundial conquistada pelo grupo com a vitória no Grammy 2023. Como curiosidade, cabe lembrar que o disco da vitória, Pasieros, é álbum em espanhol gravado pelo grupo com Rubén Blades, cantor, compositor e músico panamenho de grande prestígio no mercado latino de música hispânica. O disco foi gravado em 2011, mas foi lançado somente em maio de 2022, o que o credenciou a concorrer ao Grammy 2023 em categoria disputada pelo Boca Livre com nomes como a cantora norte-americana Christina Aguilera e os cantores colombianos Camilo e Sebastiàn Yatra. Em Pasieros, o quarteto aborda alguns dos melhores títulos do cancioneiro autoral de Rubén Blades com músicos brasileiros como om músicos brasileiros como o pianista João Carlos Coutinho, o baixista Jorge Helder, o acordeonista Chiquinho Chagas, o trompetista Jessé Sadoc, o violoncelista Iura Ranevsky, o cavaquinhista Wanderson do Cavaco, os bateristas Pantico Rocha e Robertinho Silva e os percussionistas Marcelo Costa, Marcos Suzano e Marçalzinho. Capa do álbum 'Pasieros', de Rubén Blades com Boca Livre Divulgação
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