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Uma grande final do interior entre Dogão x Fantasma

Maringá e Operário de Ponta Grossa fazem neste sábado (22) o jogo de ida da final do Estadual

Por Luciano Neves

Uma grande final do interior entre Dogão x Fantasma Créditos: Luciano Neves / GP

O interior do Estado tem mostrado a sua força no Campeonato Paranaense. A última vez que o Estadual teve uma final sem a presença de representantes do interior foi em 2020, ano em que os rivais Athletico-PR e Coritiba se enfrentaram na decisão. Depois disso, o Paranaense teve uma final do interior que colocou frente a frente Londrina e Cascavel. E agora, a edição de 2025 terá uma nova final do interior, uma decisão inédita entre Maringá e Operário de Ponta Grossa. Os dois times fazem o jogo de ida da final neste sábado (22), às 16 horas, no Estádio Willie Davids, em Maringá. O Fantasma tem melhor campanha que o adversário, por isso, ganhou o direito de fazer o jogo de volta da final em casa.

Mas o Maringá chega com muita autoridade nesta final. Isso porque foi o algoz das duas equipes da Capital nas fases de mata-mata. Primeiro, o Dogão, do técnico Jorge Castilho, despachou o Coritiba nas quartas de final. Venceu o jogo de ida por 2 a 0 em casa e foi buscar a vaga para as semifinais na partida de volta, no Couto Pereira, com o empate em 1 a 1. Nas semifinais, o Dogão empatou com o Athletico-PR no jogo de ida das semifinais no último domingo. E na partida de volta, não se intimidou diante do atual bicampeão estadual e fez um sonoro 3 a 0 sobre o Furacão dentro da Ligga Arena. Foi uma verdadeira revanche do Maringá, que fez a final do ano passado contra o mesmo Athletico e foi derrotado nos dois jogos. [11:06, 19/03/2025] Luciano Neves: O Athletico tem o retrospecto a seu favor para buscar uma vaga na final do Campeonato Paranaense. O Furacão não perde do Maringá, adversário da semifinal, há exatamente dez anos e ainda tem ampla vantagem no histórico. De quebra, acabou com um jejum de dez anos sem derrotar o Rubro-Negro da capital. O Dogão não vencia o Furacão há 16 partidas.

O time segue fazendo história. Esta é a quarta final do Maringá na elite estadual. A primeira delas foi em 2014, quando fez uma decisão do interior contra o Londrina e foi derrotado nos pênaltis. Já com Jorge Castilho no comando, o time foi finalista novamente em 2022, mas foi derrotado pelo Coritiba. No ano passado, Jorge Castilho conduziu o Maringá para a sua terceira final. E foi superado pelo Athletico. Agora, o Dogão, de Castilho, tem a chance de conquistar o título inédito. “Nós conseguimos blindar nossos jogadores da euforia da torcida. Então, vamos seguir passando confiança para os nossos atletas. Entendemos que chegamos na final e temos mais dois jogos. Não tem clima de já ganhou, não gosto. A equipe cresceu na hora certa, paramos de oscilar, encaixamos na hora certa, com muita humildade conseguimos os resultados e agora vamos enfrentar o Operário”, reforça o técnico do Maringá.

Nessa trajetória, Castilho também conseguiu o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro no ano passado e vai disputar a terceira divisão nacional nesta temporada. E o Maringá também se classificou para a terceira fase da Copa do Brasil. O adversário será definido via sorteio.

 

Fantasma

O Operário fez uma campanha bem consistente na primeira fase e foi o primeiro colocado na classificação geral. Porém, sofreu mais nas duas fases de mata-mata. Era favorito contra o Independente São Joseense, mas empatou os dois jogos pelo mesmo placar: 1 a 1 e só avançou nas penalidades máximas. Contra o Londrina nas semifinais fez o primeiro jogo em casa e foi derrotado por 1 a 0. Mas conseguiu reverter a situação na última terça-feira. Venceu por 2 a 1, no Estádio do Café, e vivenciou uma nova decisão por pênaltis: vitória por 4 a 1. Com isso, o time acabou com uma sequência de quatro eliminações seguidas nas semifinais e voltou para a final depois de dez anos. O Fantasma foi finalista do Estadual em 2015, ano em que conquistou o seu título paranaense ao derrotar o Coritiba na decisão.

A volta para a final tem méritos do técnico Bruno Pivetti, que assumiu o comando da equipe no início da temporada. “Valorizar bastante essa conquista dos jogadores, mas já colocar todo o nosso foco e a nossa concentração na primeira partida da final”, disse o treinador após a classificação contra o Londrina, na terça.

 

Campanhas

Os dois times fizeram 15 jogos até agora no Campeonato Paranaense. O Fantasma foi o primeiro colocado na fase de classificação com 22 pontos. Depois vivenciou duas fases de mata-mata tensas, com duas classificações nos pênaltis. O time de Pivetti conquistou sete vitórias, teve seis empates e sofreu apenas duas derrotas. O ataque do Operário marcou 22 gols. E a defesa foi vazada onze vezes. Boschilia é o principal goleador da equipe com quatro gols.

O Dogão avançou em sexto lugar com 16 pontos. E passou pelos gigantes da Capital com propriedade nos mata-matas, fazendo os jogos de volta na condição de visitante. Em quinze jogos foram sete vitórias, três empates e cinco derrotas. O ataque do Maringá marcou 25 gols. A defesa sofreu 17 gols. Matheus Moraes é o goleador do clube com seis gols e luta pela artilharia do campeonato. Está atrás de Iago Teles, do Londrina, que tem oito gols.

Créditos: Luciano Neves