Novo inoculante para milho promete revolucionar a produtividade com sustentabilidade*

Um avanço significativo para a agricultura acaba de ser anunciado: um novo inoculante para a cultura do milho, desenvolvido com tecnologia de ponta, promete elevar a produtividade enquanto reduz custos e impactos ambientais. O produto, que utiliza as estirpes *Azospirillum brasilense* CNPSo 2083 (Ab-V5) e CNPSo 2084 (Ab-V6), foi formulado de maneira inovadora e já demonstrou eficiência agronômica superior em comparação aos inoculantes tradicionais.

O lançamento ocorre durante o Show Rural Coopavel, realizado entre 10 e 14 de fevereiro, em Cascavel (PR), e marca um importante passo para o setor cooperativista brasileiro. O novo inoculante é o primeiro fruto de uma parceria estratégica entre instituições de pesquisa e o setor agroindustrial, além de ser o primeiro produto de uma biofábrica dedicada à produção de insumos biológicos.

Resultados comprovados em campo
Testes realizados em quatro regiões do Paraná, ao longo de quatro safras, comprovaram a eficácia do produto. Em sete ensaios de campo, o uso do novo inoculante resultou em um aumento médio de 12,4% no rendimento de grãos, mesmo com uma redução de 25% na adubação nitrogenada de cobertura. Esses resultados destacam o potencial do produto para otimizar o uso de fertilizantes químicos, reduzindo custos para o produtor e minimizando impactos ambientais.

A tecnologia por trás do inoculante se baseia na capacidade das bactérias *Azospirillum brasilense* de sintetizar fitormônios, que promovem o crescimento e a melhoria da arquitetura das raízes. Isso amplia a absorção de água e nutrientes pelas plantas, aumentando a eficiência do uso de nitrogênio. Além disso, as estirpes utilizadas têm uma modesta capacidade de fixação biológica de nitrogênio, o que contribui para a redução da dependência de fertilizantes químicos.

Benefícios econômicos e ambientais
A adoção desse tipo de tecnologia traz benefícios tanto econômicos quanto ambientais. Por um lado, os produtores podem reduzir os custos com adubação nitrogenada, um dos principais insumos na cultura do milho. Por outro, a menor utilização de fertilizantes químicos contribui para a mitigação da emissão de gases de efeito estufa, alinhando a produção agrícola às práticas sustentáveis.

Especialistas destacam que o maior aproveitamento do nitrogênio proveniente do fertilizante, aliado ao crescimento mais robusto das raízes, resulta em impactos positivos para a cultura do milho. “Com isso, há ganhos econômicos para o produtor, que reduz seus custos, e benefícios ambientais, com a diminuição das emissões de gases”, explicam.

Inovação que veio para ficar
A expectativa é que o produto esteja disponível para comercialização ainda em fevereiro, atendendo ao plantio da safrinha de milho. Além disso, este é apenas o primeiro de uma série de lançamentos previstos para os próximos anos, com foco no controle de pragas e doenças que afetam as principais culturas da região.

O lançamento do novo inoculante também representa um marco para o sistema cooperativista brasileiro, ao inaugurar a produção de insumos biológicos em escala industrial. Essa iniciativa reforça o compromisso com a inovação e a sustentabilidade, oferecendo aos produtores rurais ferramentas que combinam aumento de produtividade com práticas ambientalmente responsáveis.