RESULT

Médicos alertam para complicação do diabetes tipo 1 e reforçam importância do diagnóstico precoce

Por Giuliano Saito


Cetoacidose afeta principalmente crianças e pode levar ao coma e até a morte. Menina de oito anos ficou quatro dias na UTI, se recuperou, e hoje grava vídeos para ajudar quem também tem a doença. Médicos alertam para complicação do Diabetes Tipo 1 O No Paraná, médicos alertam para a importância do diagnóstico precoce do diabetes tipo 1 e chamam a atenção para uma complicação da doença: a cetoacidose. No Brasil, uma a cada dez pessoas com diabetes tipo 1 morre sem saber que tinha a doença. O dado faz parte de relatório da Federação Internacional do Diabetes. Ainda desconhecida por muitas pessoas, a cetoacidose é considerada uma grave emergência médica. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A estudante Valentina Ayres, de oito anos, ficou quatro dias internada em uma UTI por conta da complicação. A mãe, Anna, relata que na época não sabia o que era a cetoacidose. "Não tem sensação pior do que você ver um filho...e não poder fazer nada para tirar ele daquela situação. É desesperador. " No caso dos diabéticos tipo 1, por uma falha do organismo, o pâncreas para de produzir um hormônio chamado insulina, responsável por levar a glicose - açúcar que servirá de combustível - até as células. As crises de cetoacidose podem aparecer em questão de dias. Sem a glicose, o organismo vai buscar energia nas células de gordura, por isso a pessoa perde peso muito rápido. A reação libera substâncias chamadas cetonas, que alteram o pH do sangue e complicam o funcionamento de todo o organismo. Cetonas mudam o ph do sangue, causando um desequilíbrio corporal Arte RPC 'Justiça nenhuma vai acabar com esse meu sofrimento', diz mãe de jovem morta em batida de trânsito VÍDEO: Mulher registra raio a cerca de 30 metros de distância da porta de casa, em São Miguel do Iguaçu Primeiros sintomas Os primeiros sintomas são cansaço e sono anormais. Por isso, os médicos recomendam procur um médico assim que surgirem os primeiros sinais. O diagnóstico precoce ajuda a salvar vidas. O endocrinologista especialista em diabetes André Vianna indica, por exemplo, a realização de um teste de glicemia. "Chega o momento em que fica difícil de acordá-la, até o momento em que, se isso evoluir, ela pode entrar em coma e não acordar até que seja feito o tratamento. [...] Procure ajuda médica, vai fazer um teste de glicose, que isso pode ser um diabetes descompensado, querendo entrar num quadro de cetoacidose." A sede excessiva, idas frequentes ao banheiro e perda de peso repentina - mesmo com muita fome -são alertas para o diabetes do tipo 1. Teste de glicemia ajuda a identificar diabetes descompensado RPC Curitiba O aprendizado depois do susto Valentina se recuperou bem, mas agora precisa andar com um kit para controlar a glicemia. Ela aprendeu a conviver com o diabetes e faz questão de compartilhar suas experiências. A menina virou influenciadora e grava vídeos para ajudar outras crianças que tem o mesmo problema e as mesmas dúvidas. "Tem muita gente que vai comer e não faz a insulina, não faz a conta certinha, e às vezes fica alta ou muito baixa a glicemia por não ter feito alguma coisa, tem que cuidar." Valentina grava vídeos para ajudar crianças que também têm diabetes Reprodução/Redes sociais Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias do estado em g1 Paraná.