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Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques é preso no Paraguai ao tentar deixar o país com passaporte falso

Ex-diretor da PRF rompeu tornozeleira eletrônica, deixou o Brasil sem autorização judicial e foi detido no Aeroporto de Assunção ao tentar embarcar para El Salvador

Por Da Redação

Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques é preso no Paraguai ao tentar deixar o país com passaporte falso Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar em um voo com destino a El Salvador. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. As informações são do G1.

Segundo a PF, Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica que utilizava em Santa Catarina, deixou o Brasil sem autorização judicial e seguiu para o Paraguai. Assim que o rompimento do equipamento foi identificado, alertas foram emitidos às autoridades de fronteira e a adidância policial brasileira no país vizinho foi acionada.

Durante a tentativa de embarque, Silvinei utilizava um passaporte paraguaio original, porém com dados que não correspondiam à sua verdadeira identidade. A irregularidade foi detectada pelas autoridades locais, que realizaram a abordagem ainda no aeroporto. Após a confirmação da identidade, ele foi preso e encaminhado às autoridades paraguaias.

Após a detenção, Silvinei foi colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai. A previsão é de que ele seja expulso do país e entregue às autoridades brasileiras para o cumprimento das determinações judiciais em vigor no Brasil.

Natural de Ivaiporã, no norte do Paraná, Silvinei Vasques ingressou na Polícia Rodoviária Federal em 1995 e construiu uma carreira de 27 anos na corporação. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, alcançou o cargo máximo da instituição, assumindo a diretoria-geral da PRF. Ele se aposentou voluntariamente em dezembro de 2022, logo após o encerramento do processo eleitoral, passando a receber salário integral.

Em agosto deste ano, Silvinei foi condenado por improbidade administrativa por utilizar a estrutura da PRF para fins eleitorais durante o pleito de 2022. Além disso, recebeu pena de 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento em uma suposta trama golpista que tinha como objetivo manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas urnas.

Após deixar a PRF, Silvinei chegou a ocupar o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis, mas pediu exoneração em dezembro de 2025, poucos meses depois das condenações judiciais relacionadas aos processos que tramitam contra ele.

A prisão no Paraguai ocorre em meio ao avanço das investigações e ao endurecimento das medidas judiciais impostas ao ex-dirigente da PRF, que agora deverá retornar ao Brasil sob custódia das autoridades federais.

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