No próximo dia 2 de abril, docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) participarão de uma mobilização conjunta com as demais universidades estaduais do Paraná. A ação, aprovada em assembleia da categoria, visa cobrar do governo Ratinho Júnior a reposição das perdas salariais acumuladas nos últimos nove anos, que já chegam a aproximadamente 47%.

Durante a mobilização, professores da Unioeste realizarão panfletagens e conversas com docentes, servidores técnicos e estudantes nos cinco campi da instituição. O objetivo é ampliar a conscientização sobre a situação enfrentada pelas universidades estaduais e mobilizar a comunidade acadêmica em torno da luta pela valorização do trabalho docente.

De acordo com a presidente da Adunioeste (Seção Sindical de Docentes da Unioeste), Sabrina Grassiolli, a defasagem salarial é resultado do não pagamento da data-base por parte do governo estadual. Ela destaca ainda que a mobilização do dia 2 é apenas uma das ações previstas. Em assembleia, a categoria deliberou também por uma paralisação no dia 29 de abril, data que marca os dez anos do massacre do Centro Cívico, quando servidores públicos foram violentamente reprimidos pela polícia durante um protesto em Curitiba.

Grassiolli reforça que a participação dos docentes nas atividades é fundamental para defender a valorização profissional, os direitos da categoria e a qualidade da universidade pública. “Essa luta é por uma universidade que mantenha a isonomia entre professores efetivos e temporários e que desenvolva com qualidade o ensino, a pesquisa e a extensão, sem exploração do trabalho docente”, afirmou.

Assessoria