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Convocação de 64 profissionais não supre déficit na Educação municipal, afirma Siprovel

Sindicato alerta para déficit de 504 servidores na rede municipal de ensino após prefeitura anunciar convocação de 64 profissionais da educação

Por Gabriel Porta Martins

Convocação de 64 profissionais não supre déficit na Educação municipal, afirma Siprovel Créditos: Divulgação/Siprovel

Na última semana, a Prefeitura de Cascavel divulgou a convocação de 64 profissionais da educação para assumirem seus cargos a partir do dia 1º de abril. No entanto, o Siprovel (Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel) alertou que esse número está "muito abaixo da necessidade real da Rede Municipal de Educação, que enfrenta um déficit alarmante de 504 profissionais".

De acordo com o sindicato, as 33 mil crianças matriculadas na rede pública continuam sendo atendidas, apesar da falta de servidores, o que "compromete não apenas a qualidade do ensino, mas também as condições de trabalho dos profissionais da educação". O impacto é direto: sobrecarga de trabalho, falta de acompanhamento adequado e precarização no atendimento aos alunos.

Os profissionais convocados foram:
- 47 Professores(as)
- 6 Professores(as) de Educação Infantil
- 2 Professores(as) de Educação Física
- 3 Instrutores(as) de Informática
- 1 Monitor(a) de Biblioteca
- 5 Secretários(as) Escolares

No total, apenas 64 profissionais foram chamados, enquanto o déficit é significativamente maior:
- 225 Professores(as)
- 62 Professores(as) Temporários(as)
- 27 Professores(as) de Educação Infantil
- 15 Professores(as) de Educação Infantil Temporários(as)
- 144 Agentes de Apoio
- 9 Agentes de Apoio Temporários(as)
- 8 Instrutores(as) de Informática
- 14 Monitores(as) de Biblioteca
- 4 Secretários(as) Escolares

O Siprovel ressalta que, além de sobrecarregar os profissionais já atuantes, essa defasagem compromete um direito fundamental dos professores: a hora-atividade, tempo destinado ao planejamento pedagógico e estudos. Sem a reposição adequada de profissionais, muitos professores não conseguem cumprir esse período garantido por lei, essencial para assegurar a qualidade do ensino.

“A pequena convocação feita pela Prefeitura está longe de resolver o problema. A Rede Municipal de Educação continua operando com menos profissionais do que o necessário, resultando em salas superlotadas, professores sobrecarregados e prejuízos diretos para as crianças. A educação precisa ser prioridade, e isso passa por garantir um quadro completo de profissionais para atender às necessidades das escolas e Cmeis”, argumenta Gilsiane Quelin Peiter, presidente do Siprovel.