PF deflagra operação Power Off contra grupo que vendia ataques hackers
Investigação aponta contratação facilitada de ataques DDoS; alvos incluem administradores das plataformas e usuários dos serviços
Créditos: PF/Divulgação
A Polícia Federal realizou na quarta-feira (03) a operação Power Off, ação voltada a desarticular um grupo suspeito de oferecer ataques hackers sob encomenda contra sites de órgãos públicos e entidades de segurança. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão em endereços localizados em São Paulo, São Caetano do Sul, Rio de Janeiro e Tubarão (SC).
Segundo a PF, os investigados incluem tanto os administradores das plataformas ilegais quanto pessoas que contrataram os serviços. Eles podem responder pelos crimes de associação criminosa e interrupção ou perturbação de serviço telemático ou de informação de utilidade pública. As investigações contam com apoio do FBI, agência federal norte-americana.
Ataques do tipo DDoS eram vendidos online
O grupo operava serviços de ataque DDoS (Distributed Denial of Service), também conhecidos como booters ou stressers. Esse tipo de ataque consiste em sobrecarregar um site ou servidor com grande volume de acessos simultâneos, deixando-o lento ou fora do ar.
As plataformas identificadas na operação permitiam que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, contratasse um ataque mediante pagamento. Os serviços eram executados a partir de servidores hospedados em nuvem e utilizados por agentes em diferentes países.
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De acordo com a PF, os ataques atingiram sistemas de órgãos brasileiros como:
Polícia Federal
Serpro (Empresa de Tecnologia da Informação do Governo Federal)
Dataprev
Centro Integrado de Telemática do Exército Brasileiro
Ação ocorre após ofensiva contra ataques a deputados
A operação Power Off foi deflagrada um dia após a operação Intolerans, lançada na terça-feira (2 de dezembro), que apura ataques cibernéticos contra deputados federais favoráveis ao PL 1904/2024, conhecido como PL antiaborto. Na ocasião, parlamentares tiveram seus sites derrubados por ações do mesmo tipo, também classificadas como DDoS.
As investigações seguem em andamento para identificar a extensão dos ataques e possíveis conexões entre os grupos envolvidos.
