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Após ter ordem de prisão preventiva revogada na Lava Jato, Tacla Duran é intimado para depor na Justiça Federal

Por Giuliano Saito


Advogado, réu por lavagem de dinheiro, foi intimado pelo novo juiz da operação, Eduardo Appio, para depor na segunda-feira (27). Audiência será remota. Rodrigo Tacla Duran Jornal Nacional O advogado Rodrigo Tacla Duran foi intimado para depor na próxima segunda-feira (27) na Justiça Federal, no âmbito da operação Lava Jato. A intimação foi expedida pelo juiz Eduardo Fernando Appio, que assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba em fevereiro deste ano. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram No depoimento, Tacla Duran vai falar sobre o processo em que é réu por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht. A audiência será remota, segundo o despacho. Tacla foi advogado da Odebrecht e, conforme a investigação, admitiu ter emprestado contas de empresas dele no exterior para a movimentação de recursos que a companhia matinha em paraísos fiscais do Caribe. A intimação ocorre poucos dias após o juiz Appio revogar a ordem de prisão preventiva de Tacla Duran, derrubando uma ordem judicial de prisão expedida contra o advogado pelo ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), atual senador pelo Paraná. A decisão que revogou a ordem de prisão preventiva de Tacla definiu que o advogado precisa prestar contas das próprias atividades à 13ª Vara Federal, em Curitiba, a cada dois meses. Segundo a decisão, Tacla Duran também "não pode se ausentar do Brasil sem comunicação prévia ao juízo". O advogado também deve "envidar todos os esforços" para repatriação de valores eventualmente depositados em contas no exterior. O g1 tenta contato com Tacla Duran. Até o último dia 16 de março, ele estava na Espanha. O advogado tem dupla nacionalidade. Histórico Tacla chegou a ser preso em 2016, em Madri, quando foi alvo de uma das fases da operação Lava Jato. À época, ele recorreu à Justiça do país europeu para permanecer na Espanha. Ele passou três meses preso e conseguiu liberdade provisória. A Justiça brasileira chegou a pedir a extradição dele, que foi aceita inicialmente, mas depois revogada uma vez que o Brasil não concordou em, em troca, extraditar presos espanhóis para o país. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.