'A situação foi horrível', diz missionário paranaense que presenciou terremoto na Síria
Por Giuliano Saito

Dirceu Franco mora em Alepo, na Síria e presenciou a tragédia que, até essa quarta (8), matou mais de 11 mil pessoas no país e na Turquia. O prédio de Dirceu não foi atingido. Dirceu Franco mora em Alepo, na Síria, há três anos Reprodução A paranaense e missionário Dirceu Franco, que vive em Alepo, na Síria, falou sobre como foi presenciar o terremoto de magnitude 7,8 na que atingiu o país e a Turquia na segunda-feira (6). Ele vive há três anos na região e perdeu um amigo sacerdote. "Caiu um prédio próximo ao meu e quatro pessoas morreram, inclusive um sacerdote amigo meu", disse. Até a manhã desta quarta-feira (8), mais de 11 mil mortes foram contabilizadas entre os dois países. Milhares de pessoas estão desaparecidas. O epicentro do terremoto foi no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia e perto da fronteira com a Síria. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O missionário, natural de Mandirituba, Região Metropolitana de Curitiba, contou à RPC que o prédio onde mora não foi atingido e ficou dois dias sem dormir por conta do acontecimento. "Onde eu moro é no térreo de um prédio, são sete andares, tudo balançava. Em questão de 10, 15 segundos todo mundo começou a sair de pijama, descalço e chovia. Depois ficamos duas horas pelas ruas até esperar que se acalmasse um pouco", relatou. Dirceu contou que muitas pessoas estão dormindo na rua por falta de abrigo, mas que muitas pessoas estão sendo solidárias. "A situação foi horrível, mas graças a Deus tem muita solidariedade, as igrejas abriram as portas para acolher as pessoas", comentou. Missionário paranaense está em Aleppo na Síria Veja também: Solidariedade: Paranaense que mora na Turquia se organiza para ajudar vítimas de terremoto Ex-BBB: Kaysar viaja para perto da família após terremoto com pelo menos 5 mil mortos AO VIVO: Acompanhe as últimas informações sobre o terremoto INFOGRÁFICO: Veja onde ocorreram as réplicas ANÁLISE: Resposta rápida ao terremoto é crucial para sobrevivência política de Erdogan O que se sabe até agora sobre o terremoto Prédios destruídos após terremoto em Kahramanmaras, Turquia Ihlas News Agency (IHA) via Reuters O terremoto durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria. Milhares de pessoas ainda estão sendo resgatadas, e outras milhares seguem desaparecidas. O número total de mortos leva em conta as contagens dos dois países. Na manhã de quarta-feira (8), o número de mortos na Turquia aumentou para 8.754. Na Síria, o balanço de mortos é de 2.530. Os dados foram compilados pelos governos dos países e por grupos de resgate. Até manhã desta quarta, sabe-se que: O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria. O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros e, portanto, foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países. O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície — esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada. O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países. Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas. Cerca de 90 réplicas também foram registradas após o primeiro tremor. Segundo o último balanço do governo turco, 8.754 pessoas morreram na Turquia. Na Síria, foram 2.530 mortos, segundo levantamento do governo e da ONU. A OMS afirmou que o número de vítimas pode ser até oito vezes maior. Mais de 10 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas. Segundo o governo turco, mais de 70 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha e Israel 4 pontos sobre o terremoto na Turquia: onde aconteceu e quais as causas e consequências Vídeos mais assistidos do g1 PR: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
Você também pode gostar
Leia mais: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2023/02/08/a-situacao-foi-horrivel-diz-missionario-paranaense-que-presenciou-terremoto-na-siria.ghtml