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PF cumpre mandados contra grupo suspeito de falsificar documentos para venda ilegal de armas de fogo

Por Giuliano Saito


Mandados foram cumpridos no Paraná e em Santa Catarina. Conforme PF, empresa que trabalha com comércio legal de armas, estaria falsificando documentos e facilitando venda de armas para grupos envolvidos com contrabando de produtos da Argentina. PF cumpre mandados contra grupo suspeito de burlar venda de armas de fogo para pessoas que não têm direito à compra Reprodução RPC A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira (1º) oito mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de burlar a venda de armas de fogo para pessoas que não teriam direito à compra. Os mandados foram cumpridos em Barracão, no sudoeste do Paraná, e em Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. Conforme o delgado da PF Thiago Nazario dos Santos, a empresa que trabalha com comércio legal de armas, estaria falsificando documentos. "A PF identificou que uma estrutura empresarial que mescla atividades licitas com ilícitas, estaria facilitando a aquisição fraudulenta de armas, mediante a falsificação de documentos particulares. Especialmente recibos de pagamentos e comprovantes de residência de forma que pessoal que não tem ocupação lícita ou residência certa, pudessem obter armas de fogo", afirmou o delegado. O delegado destacou ainda que as ações do grupo oferecem sérios riscos e que eles estariam facilitando o acesso a armas de pessoas envolvidas com contrabando e descaminho de produtos vindos da Argentina. "No curso da investigação, a polícia identificou que essas condutas possuem um alto grau de periculosidade, visto que as pessoas que estariam sendo beneficiadas por elas integrariam outras associações criminosas, especificamente construídas para cometer crimes transfronteiriços, como contrabando e descaminho de produtos oriundos da Argentina", afirmou Santos. Além dos mandados, a Justiça também determinou a suspensão das atividades econômicas dos investigados relacionados a venda de armas e munições. Além disso, também foi determinada a suspensão de todas as permissões envolvendo armas de fogo, munições e acessórios concedidos pelo Exercito Brasileiro em favor dos investigados. Empresa investigada Segundo a polícia, a empresa investigada já atuou como representante em pelo menos 690 processos junto ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm) administrado pela própria PF. A empresa realizou a venda de aproximadamente 425 armas de fogo com movimentação financeira de mais de R$ 2 milhões. A PF informou que irá apuar o que foi feito legalmente e se houve irregularidades através de documentos apreendidos e quebra de sigilo de dados que vão ajudar na investigação. Foram apreendidas 267 armas que estavam na empresa, segundo a polícia. Os envolvidos são investigados pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa. As penas somadas podem chegar a 14 anos de prisão. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.