Médico indiciado por importunação sexual contra colega de trabalho em posto de saúde é solto e afastado das funções
Por Giuliano Saito

Vítima afirma que foi agarrada e que suspeito tentou beijá-la; câmeras de segurança registraram o caso. Claudio de Oliveira negou; ele tem 57 passagens pela polícia. Médico é preso suspeito de importunar sexualmente enfermeira em posto de saúde Foi solto o médico preso suspeito de importunar sexualmente uma colega de trabalho em um posto de saúde de Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba. Claudio de Oliveira também foi afastado temporariamente das funções e vai cumprir medidas cautelares para continuar em liberdade. São elas: Manter distância de pelo menos 200 metros da vítima e de testemunha, além ficar proibido qualquer tipo de contato por outro meio; Comparecer ao juízo mensalmente para justificar atividades; Recolhimento domiciliar no período noturno das 22h às 6h e nos dias de folga; Proibição de deixar a comarca "quando a permanência seja conveniente ou necessária". O caso aconteceu na última quinta-feira (11) e foi registrado por câmeras de segurança (assista acima). Nas imagens é possível ver o momento em que a vítima caminha por um corredor, próxima ao médico. Em seguida, ele a agarra, enquanto a vítima demonstra resistir. De acordo com a vítima, o médico tentou beijá-la na boca. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Ele foi indiciado por importunação sexual na sexta-feira (12). Até a publicação desta reportagem, Claudio não tinha advogado constituído. Médico negou em depoimento Para a Polícia Civil (PC), o médico negou que tentou beijar a vítima. Ele falou que estava trabalhando na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município há vinte dias e que a colega o ajudava com o sistema. Afirmou, ainda, que dizia à mulher que ela era bonita e que poderia trabalhar como motorista da saúde para realizar viagens com ele. O homem também disse que "não tinha segundas intenções com a mulher" e que no dia que a abraçou estava feliz porque, segundo ele, estava tudo bem no trabalho. Por fim, falou que quando abraçou a colega de trabalho, pensou na filha que há muito tempo não vê. Segundo a corporação, o suspeito tem outras 57 passagens pela polícia. Entre elas pelos crimes de homicídio, furto, assédio sexual e violência doméstica. O que disse a vítima A vítima, que é assistente administrativa na UPA, também prestou depoimento e afirmou que o médico trabalhava há menos de um mês no local e que ajudava Claudio a mexer no sistema de saúde. Ela também contou que ele a chamava de bonita e que falou que gostaria que ela viajasse com ele. A assistente disse no depoimento que se sentia desconfortável e evitava falar e ficar próxima ao médico. Afirmou que Claudio tentou agarrá-la e dar um beijo na boca, mas ao virar o rosto, o médico conseguiu beijar apenas o rosto, próximo à boca. Em seguida, a mulher falou que chamou uma colega técnica de enfermagem e acionaram a polícia. Médico é preso suspeito de importunação sexual Reprodução O que diz a Prefeitura de Adrianópolis Por meio de nota, a Prefeitura de Adrianópolis afirmou que o médico é terceirizado e que solicitou à empresa responsável o desligamento dele da função. Além disso, o município afirmou que repudia o crime e que vai prestar apoio à vítima. Como denunciar A Polícia Civil reforça que toda vítima de crime de importunação sexual ou semelhante deve procurar uma delegacia e fazer o registro do Boletim de Ocorrência. Para casos de violência doméstica, também é possível realizar um registro online, na Delegacia Eletrônica. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.
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