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Tempo é o principal fator ao pensar em investimento financeiro para os filhos, diz especialista

Por Giuliano Saito


Bruno Henrique Marcondes Oliveira decidiu começar a aplicar dinheiro quando esposa descobriu que estava grávida. Objetivo é filho resgatar os rendimentos quando tiver vinte anos. Pai começou aplicações quando o filho nasceu; rendimento deve ser retirado daqui alguns anos Arquivo Pessoal O engenheiro Bruno Henrique Marcondes Oliveira, de 35 anos, começou a pensar em guardar dinheiro para o filho quando a esposa descobriu que estava grávida. De acordo com ele, a aplicação financeira começou quando a criança nasceu e todo mês investe uma quantia fixa de R$ 700. O filho, Lucas, tem dois anos e três meses. Bruno explica que decidiu investir em ações para aproveitar o longo prazo do investimento, já que o plano é aplicar dinheiro até o filho completar 20 anos. A planejadora financeira Vanessa Xavier explica que um investimento possui três pilares: tempo, rentabilidade e risco. Porém, afirma que o mais importante é o tempo em que o dinheiro fica investido. “Qualquer tipo de investimento que a gente fizer vamos pensar no tempo que esse dinheiro vai ficar investido, ou seja, no prazo. São três pilares de maior análise e importância, e o tempo é o que mais vai potencializar a quantidade de grana que eu vou ter lá no final.” Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O engenheiro afirma que a decisão de investir buscou aproveitar a alta dos juros, mas também tem o propósito de ensinar a educação financeira ao filho. Bruno acredita que o investimento poderá, daqui 20 anos, dar a Lucas segurança financeira que poderá fazer bastante diferença no poder de escolha do filho. “Junto com o poder de escolha que é o capital em si, tem que vir junto a educação financeira, senão ele vai ter más escolhas e não vai mudar a vida dele. Mas para isso eu vou acompanhar ele durante os 20 anos e ensinar com exemplos", afirma o pai. Por onde começar? A especialista em planejamento financeiro cita algumas dicas sobre investimento para crianças: Tipo de investimento Vanessa Xavier explica que, pensando nas crianças, o investimento de longo prazo deve ser de pelo menos oito anos, e aconselha a escolha por uma aplicação de renda variável. "Na renda variável, quando a gente tem bons ativos escolhidos, a gente vai ter uma maior rentabilidade. A gente aumenta um pouquinho o risco dos investimentos, porém deixando em um longo prazo, existem estudos que mostram que o retorno vai ser mais interessante." Cuidados na hora de investir A especialista cita que o primeiro passo deve ser entender o perfil do investidor. "Se a pessoa quer realmente partir para renda variável, que é a minha primeira opção para esse caso por conta do prazo, ou se a pessoa é mais conservadora e prefere outros tipos de ativo. Se for o caso, a gente vai para um ativo de longo prazo mais conservador, por exemplo, um tesouro direto. Vanessa Xavier diz que a renda variável é um investimento de maior risco, mas que, segundo ela, "metade dos riscos" são eliminados com conhecimento. "Um investimento muito ruim para crianças é a previdência privada. As pessoas vão lá e fazem porque é uma poupança, está colocando dinheiro todo mês, tem aquela característica do compromisso, de mandar o dinheiro todo mês, e é um investimento como a rentabilidade muitíssimo baixa." Leia mais Mesada para os filhos: dar ou não dar? Terapia financeira: entenda o que é e como ela funciona Cresce 16% o número de consumidores que parcelam compras em até 12 vezes no Paraná, aponta fintech Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias em g1 Paraná.