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Empresas do transporte coletivo receberam quase R$ 33 milhões neste ano da Prefeitura de Londrina para cobrir custos do serviço, mostra documento

Por Giuliano Saito


Tarifa no município custa R$ 4,80, mas empresas afirmam que valor é insuficiente para pagar despesas. CMTU aponta necessidade de renovação na frota dos ônibus. Prefeitura repassou quase R$ 30 milhões para empresas de ônibus em 2023 Entre janeiro e maio deste ano, a Prefeitura de Londrina, norte do estado, repassou quase R$ 33 milhões para as empresas Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) e Londrisul, responsáveis pelo transporte coletivo na cidade. É o que mostra um documento da diretoria financeira da administração municipal obtido com exclusividade pela RPC. Os recursos têm sido repassados pela prefeitura para cobrir parcialmente despesas que as empresas têm com o serviço. Segundo o documento, somente a TCGL recebeu R$ 26,7 milhões até 25 de maio. Desse número, cerca de R$ 11,1 milhões são referentes ao reequilíbrio econômico dos custos ainda de 2021. O restante corresponde às despesas deste ano. A Londrisul recebeu mais de R$ 6,2 milhões até o fim de maio. A TCGL disse que não vai se manifestar sobre o assunto. A Londrisul foi procurada, mas ainda não retornou o contato. A tarifa em Londrina custa R$ 4,80. De acordo com a prefeitura, o valor não é suficiente e por isso os repasses são necessários para complementar os gastos. Vivian Honorato/ Divulgação/ Prefeitura de Londrina Os repasses foram autorizados pela Câmara de Vereadores. Frota de ônibus No mesmo documento, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), setor que gerencia o transporte coletivo, apontou a necessidade de renovação da frota de ônibus das duas empresas. Conforme a Companhia, a Londrisul está atualizada com a idade dos veículos. Em janeiro, trocou 14 ônibus que tinham passado do limite de 10 anso de uso. A TCGL, que opera com 198 veículos, necessita trocar 80. Segundo a CMTU, a empresa não apresentou novos ônibus. Terminal Urbano de Londrina (PR) Alberto D'angele/RPC Explicações A CMTU disse à Câmara que está em fase de finalização do cronograma de entrega, mas que não possui informações das idades de todos os veículos que integram a frota do serviço. Leia também Menino desaparecido no PR: 'Não há suspeita de que tenham praticado homicídio doloso', diz delegada sobre mãe e padrasto de criança Bibliotecas Públicas do Paraná disponibilizam óculos que ajudam deficientes visuais a lerem Por causa da pandemia, as empresas alegaram que não têm recursos para trocar os veículos. Elas entraram em acordo com a Companhia para ampliar de 7 para 10 anos a vida útil da frota. Mais assistidos do g1 PR Veja mais em g1 Norte e Noroeste.